quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Continuidade desordenada

Meu dia amanhece
quando o Sol se põe

Pensamento
música
café

pensamento
música
música
café

café
café
pensamento

música
pensamento
música
café

café
pensamento
pensamento
pensamento...

música
música
café
música

pensamento
música
pensamento
café

café
música
pensamento.

Mas não necessariamente nessa ordem.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

"- Ahn..."

- E tem remédio pra isso, moço?
- Tem, sim, senhora.
- É mesmo, moço, remédio?
- É, sim, senhora. Tem gente que se não tomar fica doido, parece que vai morrer.
- Que horror... E tem gente que não quer? Que estranho...
- O quê?, tomar o remédio?
- Não, moço, morrer de amor...
- Ahn...

domingo, 21 de agosto de 2011

Bem nada.

     Tamanha era a minha vontade de não falar sobre nada, que vim aqui dizer isso. Só para que fique bem claro que eu não quero falar sobre nada. Nada mesmo, assim. Bem nada.
     Por motivos bons e ruins ou nenhuma das duas coisas. Nada. Às vezes nada é a única coisa que faz sentido. Ou não...
     
     Ironias da vida, vai saber...


"Não existe data certa conta ou alguma reza
O cupido quando acerta o acaso lhe reserva"
Lucas Santtana (que nada tem a ver com o Luan Santana)

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

E só.

E quem sou eu para falar dos outros?
Eu que não sou santo,
herói,
monge,
deus.

Ainda que fosse...
Quem seria eu para falar o que quer que seja
de quem quer que fosse?

Pensando bem...
Quem é alguém para que fale de mim?
O que é ninguém que sei lá o que mais?
Calem-se todos.
A razão nem lhes pertence...

Ou melhor;
falem de uma vez!
Despidos,
desmascarados.
Essa é a minha condição.

Eu quero ver o silêncio gritar quando
ninguém
tiver nada
pra falar
de ninguém.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Nostalgia mansa

Que saudade do manso...
Só dele não me canso.
Embalo quieto para me ninar,
descansar minha mente
e meu pranto.

http://www.youtube.com/watch?v=RZeYC6FxiXo
Sara Tavares - Manso, manso

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

"Olê, olê, olê, olá..."

     Não aguentei ela tocando incessantemente na minha cabeça, vim compartilhar com vocês!


Olê, Olá 
Chico Buarque
 
Não chore ainda não
Que eu tenho um violão
E nós vamos cantar
Felicidade aqui
Pode passar e ouvir
E se ela for de samba
Há de querer ficar

Seu padre, toca o sino
Que é pra todo mundo saber
Que a noite é criança
Que o samba é menino
Que a dor é tão velha
Que pode morrer
Olê olê olê olá
Tem samba de sobra
Quem sabe sambar
Que entre na roda
Que mostre o gingado
Mas muito cuidado
Não vale chorar

Não chore ainda não
Que eu tenho uma razão
Pra você não chorar
Amiga me perdoa
Se eu insisto à toa
Mas a vida é boa
Para quem cantar

Meu pinho, toca forte
Que é pra todo mundo acordar
Não fale da vida
Nem fale da morte
Tem dó da menina
Não deixa chorar
Olê olê olê olá
Tem samba de sobra
Quem sabe sambar
Que entre na roda
Que mostre o gingado
Mas muito cuidado
Não vale chorar

Não chore ainda não
Que eu tenho a impressão
Que o samba vem aí
E um samba tão imenso
Que eu às vezes penso
Que o próprio tempo
Vai parar pra ouvir

Luar, espere um pouco
Que é pro meu samba poder chegar
Eu sei que o violão
Está fraco, está rouco
Mas a minha voz
Não cansou de chamar
Olê olê olê olá
Tem samba de sobra
Ninguém quer sambar
Não há mais quem cante
Nem há mais lugar
O sol chegou antes
Do samba chegar
Quem passa nem liga
Já vai trabalhar
E você, minha amiga
Já pode chorar