quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Nem tudo tem nome

Ora, ora, que agonia!
Ora, pra que tanto?,
que chega já.

Ora, que vontade de te ver.
E não sei se é a embreaguês do sono
ou da alma que me fazem dizer isso,
mas digo sem dó.

É uma curiosidade estranha de querer saber.
Te querer saber.
Sem quê nem porque;
como a arte que não se explica como se vive sem, nem profundamente porque é feita.

Quero te saber sem nota,
como uma canção de ninar que embala quem quase dorme.
Eu quase durmo quando ainda penso em você.

Queria guardar suas palavras
como quem guarda o tempo congelado empacotado
e poder revê-las quando quisesse.
Só pra lembrar.

Te sorrio palavras guardadas no tempo congelado empacotado.
E faço isso porque você as fez bonitas de (vi)ver.

Lembre de mim,
não esqueça, não.
Não esqueça de lembrar que te quero perto,
te ver de perto,
te sentir perto,
mesmo que esteja longe.





24/01/2012