sexta-feira, 1 de abril de 2011

Enfim... semfim!

    

    

     Que sabemos da vida afinal? E pra que tanto medo da morte?
     O desconhecido assusta, dizem. Sinceramente?, entendemos da vida tanto quanto conhecemos a morte, eternos escravos das suposições. Apenas isso. Então, porque não temer a vida também? Ou porque não deixar de morrer de medo da morte? Pra que tanto medo da morte?
     Será preciso morrer para aprender aproveitar a vida? Para vivê-la, será? Que propósito há em viver pensando e temendo a morte? Pra que tanto medo da morte?
     Quando chega a morte na vida? E como é a vida quando a gente morre? Será tão ruim assim? Pra que tanto medo, meu deus, dessa morte desconhecida, sem lenço nem documento, quase um mendigo sem data de nascimento?
     A vida passada e não vivida é vida morrida, por assim dizer. É como a morte chegada antes da hora (antes da hora?); a morte vivida da vida morrida, é morte sem vida, é nada. Morte por antecipação, morte por anulação; nem matada nem morrida, morte por falta de paixão à vida, por temê-la, também. Quem não deve não teme, quem não teme se joga. Pra que tanto medo da vida, então?
     Por que não se jogar? Viver sem pensar na morte, morrer por viver a vida!
     Ora bolas, que diferença há, afinal, em viver ou morrer de amor? Porque não ser, então, o amor, por fim? Enfim... semfim!

3 comentários:

  1. Gostei muito, Gabi, é mais ou menos com este mesmo desejo que escrevi aquele poema. Acho, assim como você, que a vida bem vivida anula os medos e que quando ela é apenas passada é "vida morrida" ou ainda:"morte por antecipação, morte por anulação". Tanto medo pelo desconhecido me parece o mesmo que não saber viver (se é que alguém não sabe, posto que até a morte todos vivem. Pelo menos parece não saber viver bem).Já pensou se tivéssemos tanto medo assim de outros desconhecidos? o amor, o mar, a amizade,o sexo, o caminhar pelas ruas são tão desconhecidos quanto e o legal, como você disse, é se jogar, mergulhar.
    Antes de terminar: gostei ainda mais do fato de que você escreveu em um intervalo de tempo menor. um abração.

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  2. Nossa, são tantos questionamentos, não?...
    Acho que costumamos ter medo do desconhecido mesmo, digamos que seja uma forma natural de auto-proteção. Não que isso seja bom ou ruim, exatamente. Apenas existem coisas sobre as quais não temos muito controle.

    Há os que dizem que 'viram a morte de perto' e por esse motivo vem a vida com outro olhar hoje. Eu acordo todo dia com um olhar diferente pra vida, e isso não tem uma relação muito direta com o meu estado de saúde...
    É coisa de cada um, eu penso assim.

    =D

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  3. Passei só para te provocar: queria ler um texto novo postado por vôcê. Um abraço.

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