quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Ah, um suspiro...

Ah, esse corpo que me prende
e me impede de estar lá fora
sendo feliz como quero
aqui dentro.

Ah, isso que me chama,
suplica por mim,
parece incompleto sem a minha presença.
Incompleta estou eu...


Eu que preciso do mundo para viver,
preciso da vida para meu mundo girar.

Preciso das cores,
cheiros,
vozes,
gostos,
dança de sensações.

Ah, esse corpo que tudo sente
em fantasias de ar puro.
Se deixe ser livre de si.
Eu quero pôr o Sol
a nascer de dentro de mim.

3 comentários:

  1. Passei o dia todo procurando algo que refletisse meu estado de espírito e, mais uma vez, ele foi expresso por você.

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  2. Teu poema me fez lembrar de um que fiz já faz um tempão. Ele trabalhava a ideia de que se tenho um corpo é porque não sou este. Eu tenho um corpo. Eu sujeito tenho o objeto direto corpo. Mas se eu o tenho, como posso me sentir preso dentro dele? Nosso dilema: estar preso nesta caverna platônica.

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  3. E digo mais...
    Se há um mundo inteiro nesse corpo, nada mais certo que haver, no corpo dessa mente, um mesmo mundo, cheio de presente! Fica-te neste estado latente, corpo andante, e tudo será futuro, depois do vento semear sua (se)mente - agora: o hoje daqui a pouco já é passado.
    Te amo!

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