segunda-feira, 18 de julho de 2011

Produto de um (bom) show.

     "Começou assim, um moço de vermelho e cara pintada olhando pra mim. Esperei muito para que ele começasse a falar, ouvi muitos até que aparecesse para cantar. Só ouvia dizer que era o amor que transbordava palco afora e inundava a platéia, envolvia-nos em um só. E ouvia dizer! Que o amor era lindo e te abraçava sem você saber.
     Esperei o amor chegar (como esperei o homem falar), fiquei atenta aos rufos do tambor, queria saber qual era a sua cara, a sua cor. Foi aí que chegaram outros e percebi que "a cara" eram muitas, "a cor" eram todas do arco íris juntas e misturadas. Me destraí, a maré de gente me levou... Me deixei levar e de repende vi que o amor já estava lá e eu já dançava e ria e me (en)cantava cada vez mais intensamente.
     Poesia cantada, canção interpretada, interpretação magicada, magia dançada, dança engraçada, graça educada, educação conscientizada, consciência poetizada. Posto na frente daquela gente brilhante, gritante, pulsante, o amor se fez pensante, se fez arte; o amor se fez em mim. As sementinhas plantadas por cada um que me confessou breguices de um fã germinou e em tempo recorde eu também já era uma fã brega e piegas, sem piedade para os fracos de alma e vontade, para os desacreditados da beleza da vida.
     Saí de lá flutuando, querendo mais, sonhando para acordar no dia seguinte e poder dizer que tinha sido tudo verdade. Terminou assim, com aquele moço de vermelho olhando pra mim; um anjo me  contando palavras bonitas sobre a vida e o amor e dizendo pra sempre acordar no dia seguinte brilhando mais forte, não importa onde for. O Teatro Mágico me encantou..."



15/07/2011 - 3:43



PS.: Não me importo muito que nem tudo seja como se mostra no palco ou aparece aos espectadores, a mensagem captada foi essecialmente essa e espero, verdadeiramente, que ela continue sendo mostrada para outras pessoas para que elas se "iludam" e tirem alguma coisa de cultura no meio de tanta besteira musicada que vemos por aí.

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